Exhibition view: Alexandre Farto aka Vhils, Diafragma, 2024
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Exhibition view: Alexandre Farto aka Vhils, Diafragma, 2024
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The domination over darkness: the discovery of electricity was both a literal and a metaphorical revolution that allowed humanity to control shadows. If the absence of light had always been associated with the unknown, danger, and ignorance, clarity came to symbolize knowledge and creation. It was in the 19th century that humans began to tame the night, and human activity expanded into a new dimension, no longer constrained by the limits of natural light.
O domínio sobre a escuridão: a descoberta da energia elétrica foi uma revolução literal e metafórica que possibilitou ao homem controlar a sombra. Se a falta de luz sempre foi associada ao desconhecido, ao perigo e ignorância, a claridade representava o conhecimento e a criação. Foi no século XIX que o homem passou a domar a noite; e a atividade humana ganhou uma nova dimensão, sem os limites da luz natural.
Alexandre Farto aka Vhils, Diafragma Series #01, 2024. Tubular lights with stencil mask microcontrollers. 155 x 260 x 55 cm. Unique © Alexander Silva
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In the exhibition “Diafragma”, Alexandre Farto aka Vhils uses light and shadow as the central theme. Created with tubular lamps, an element embedded in the urban daily life which connects us to the fast-paced rhythm of modern cities, the new series exposes the layers of life in the metropolis. Speed, connectivity, and the movement of individuals within cities are all driven by energy. The lack of access to electricity is also what perpetuates inequality.
Alexandre Farto aka Vhils, Diafragma Series #02, 2024. Tubular lights with stencil mask and microcontrollers. 154 x 123 x 61 cm. © Alexander Silva
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Na exposição “Diafragma”, Alexandre Farto aka Vhils, traz a luz e a sombra como mote principal. Feitas com lâmpadas tubulares, um elemento presente no quotidiano urbano e que nos conecta ao ritmo frenético das cidades modernas, a nova série expõe as camadas da vida nas metrópoles. A velocidade, a conectividade, o deslocamento dos indivíduos nas cidades são totalmente impulsionadas pela energia. A falta de acesso à luz elétrica é também o que perpetua a desigualdade.
Exhibition view: Alexandre Farto aka Vhils, Diafragma, 2024
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Alexandre Farto aka Vhils, Diafragma Series #03, 2024. Tubular lights with stencil mask and microcontrollers. 155 x 80 x 54 cm. © Alexander Silva
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Alexandre Farto aka Vhils, Diafragma Series #04, 2024. Tubular lights with stencil mask and microcontrollers. 154 x 60 x 56 cm. © Alexander Silva
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Artificial intelligence and digital development are potentially the greatest technological revolutions since then.
Hoje, a inteligência artificial e o desenvolvimento digital motivam provavelmente a maior revolução tecnológica desde então.
Exhibition view: Alexandre Farto aka Vhils, Diafragma, 2024
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Alexandre Farto aka Vhils, Diafragma Series #06, 2024. Tubular lights with stencil mask and microcontrollers. 151 x 75 x 48 cm. © Alexander Silva
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The “Blinders” provokes reflection on contemporary blindness in the face of technological advancements. This is also the era of misinformation, digital neocolonialism, dependency, and surveillance.
A série “Blinders” utiliza estores como suporte para provocar uma reflexão sobre a cegueira contemporânea perante o avanço tecnológico. Esta é também a era da desinformação, do neocolonialismo digital, da dependência e da vigilância.
Alexandre Farto aka Vhils, Blinder Series #05, 2024. Die-cut blinds and tubular lights. 170 x 120 x 12 cm. © Alexander Silva
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Alexandre Farto aka Vhils, Blinder Series #04, 2024. Die-cut blinds and tubular lights. 170 x 120 x 12 cm © Alexander Silva
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Exhibition view: Alexandre Farto aka Vhils, Diafragma, 2024
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Electric light has allowed us to control the physical world; today’s technology challenges us to consider whether we are illuminating the right path or creating new fields of obliviousness. Vhils prompts us to question the relentless pursuit of control over Planet Earth (and beyond it): to what extent are we ready to remain in the shadow of this new light?
A luz elétrica permitiu-nos controlar o mundo físico; a tecnologia de hoje desafia-nos a pensar se estamos a iluminar o caminho certo ou a criar novos campos de cegueira. Vhils faz-nos questionar sobre a busca incessante pelo controle da terra (e além dela): até que ponto estamos prontos para ficar na sombra dessa nova luz?
Alexandre Farto aka Vhils, Diafragma Series #07, 2024. Tubular lights with stencil mask and microcontrollers. 152 x 269 x 52 cm. © Alexander Silva
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BIO
Portuguese artist Alexandre Farto aka Vhils (b. 1987) has developed a unique visual language based on the removal of the surface layers of walls and other media with non-conventional tools and techniques. He began interacting with the urban environment through the practice of graffiti in the early 2000s. Peeling back the layers of our material culture like a modern-day urban archaeologist, Vhils reflects on the impact of urbanity, development and global homogenisation on landscapes and people’s identities. Destroying to create, he delivers powerful and poetic visual statements from materials the city rejects, humanising depressed areas with his poignant large-scale portraits. Since 2005 he has been presenting his work around the world in exhibitions, events and other contexts – from working with communities in the favelas of Rio de Janeiro, to collaborations with well-reputed institutions such as MAAT – Museum of Art, Architecture and Technology (Lisbon); MIMA Museum (Brussels); Contemporary Arts Center (Cincinnati); Le Centquatre-Paris (Paris); CAFA Art Museum (Beijing); Hong Kong Contemporary Art Foundation (Hong Kong); Palais de Tokyo (Paris); and the Museum of Contemporary Art San Diego (San Diego), among others. An avid experimentalist, besides his groundbreaking bas-relief carving technique, Vhils has been developing his personal aesthetics in a plurality of media: from stencil painting to metal etching, from pyrotechnic explosions and video to sculptural installations. He has also directed several music videos, short films, and two stage productions.
His work is represented in several public and private collections in various countries.
O artista português Alexandre Farto aka Vhils (n. 1987) tem desenvolvido uma linguagem visual singular com base na remoção das camadas superficiais de paredes e outros suportes através de ferramentas e técnicas não convencionais, estabelecendo reflexões simbólicas sobre a identidade, a relação de interdependência entre pessoas e o meio circundante, e a vida nas sociedades urbanas contemporâneas, assim como o impacto do desenvolvimento, da passagem do tempo e da transformação material. Tendo começado a interagir com o espaço urbano através da prática do graffiti no começo da década de 2000, Vhils tem sido aclamado como um dos mais inovadores artistas da sua geração. Os seus poéticos e comoventes retratos gravados em paredes delapidadas podem ser vistos a adornar paisagens urbanas pelo mundo fora. Com base na sua estética do vandalismo, Vhils destrói para criar – entalhando, cortando, perfurando e fazendo explodir através das camadas dos materiais. Porém, como um arqueólogo, Vhils remove de forma a expor, revelando a beleza que se encontra soterrada sob a superfície das coisas.
Desde 2005, tem apresentado o seu trabalho em mais de 30 países do mundo em exposições individuais e colectivas, intervenções artísticas site-specific, eventos artísticos e projectos em vários contextos – desde o trabalho com comunidades nas favelas do Rio de Janeiro, a colaborações com instituições de arte de renome como o MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (Lisboa), Contemporary Arts Center (Cincinnati), Le Centquatre-Paris (Paris), Centre Pompidou (Paris), CAFA Art Museum (Pequim), ou o Museum of Contemporary Art San Diego (San Diego), entre outros. Um ávido experimentalista, Vhils tem vindo a desenvolver a sua estética pessoal numa pluralidade de meios para além da sua técnica de escultura caraterística: da pintura a stencil à gravura em metal, das explosões pirotécnicas e do vídeo às instalações escultóricas. Também realizou vários videoclips, curtas-metragens e duas produções de palco.
Encontra-se representado em diversas colecções públicas e privadas em vários países.