It is no coincidence that the first thing that came out of our dialogue was how we were going to maintain it. Right from the outset, Nuno da Luz and I agreed to conduct our conversation remotely—Nuno from Paris and I from Barcelona—using an open-source software such as Jitsi. As digressive, trivial, or nerdy as this detail may sound, I believe it is actually a symptom of a much deeper concern. A concern with paying particular attention to systems rather than topics, with prioritizing forms of organization and relation over intentions. And this is how our conversation has unfolded so far: leaving the various whats in suspension—in the air—so that the process can gradually bring them to the fore.
This text also refrains from settling on a definitive what and deliberately embraces fragmentation. Fragmentation indicates the non-dissolution of a process, its refusal to embody a definitive form. It seems to be the most sustainable way of bridging—by breaking—the gap between the act of writing and being able to grasp its meaning. I agreed to write in this state of being-in-suspension, driven by the conviction that a significant part of the job is to set up its contingency, as Nuno’s work resonates deeply with a long-term research of mine. This text echoes and will echo on.
Não é por acaso que a primeira coisa que emergiu do meu diálogo com o Nuno foi como o iríamos prosseguir. Desde o início, concordámos em conduzir a nossa conversa remotamente – o Nuno a partir de Paris e eu a partir de Barcelona – utilizando um software de código aberto, como o Jitsi. Por muito aleatório, trivial ou nerd que este detalhe possa soar, creio que é, na verdade, sintoma de uma preocupação muito mais profunda. Uma preocupação com um prestar especial atenção aos sistemas e não aos tópicos, em dar prioridade às formas de organização e relação e não às intenções. E é assim que a nossa conversa se tem desenrolado: deixando os vários quês em suspenso – no ar – para que o processo os possa gradualmente trazer à tona.
Ao mesmo tempo, este texto abstém-se de se fixar num quê definitivo, abraçando intencionalmente a fragmentação. A fragmentação indica a não-dissolução de um processo, a sua recusa em encarnar uma forma definitiva. Parece-me ser a forma mais sustentável de colmatar – ou quebrar – a distância entre o ato de escrever e a capacidade de apreender o seu significado. Aceitei escrever neste estado de estar-em-suspensão por acreditar que uma parte significativa do trabalho é estabelecer a sua contingência, e ainda porque a obra do Nuno ressoa profundamente com uma investigação que venho desenvolvendo desde há algum tempo. Este texto ecoa, e continuará a ecoar.
“Airs” reproduces a similar technological ethos: it opens its code as a score to configure a collective encounter. It is an access mechanism for coming together. It is often said that Nuno’s work approaches sound not only as a disciplinary process of production, but as an ecology of relational practices. Moreover, I believe “Airs” allows itself to be read from a perspective that may have received less attention. I am particularly interested in the political agency and political agenda of his work methodology.
This exhibition reveals, in its most forceful version, how these practices are organized, and, perhaps more determinately, how they react, how they are mutually reactivated and rehearsed in real time. The “re-” prefix in these verbs is important. It is an attempt to derive the performative and reproductive dimension of the ritornello, seamlessly weaving music into our everyday lives.
“Airs” reproduz um ethos tecnológico semelhante: abre o seu código como uma partitura para a configuração de um encontro coletivo. É um mecanismo de acesso para criar comunidade. Diz-se que o trabalho do Nuno aborda o som não apenas como um processo disciplinar de produção, mas também como uma ecologia de práticas relacionais. Além disso, parece-me que “Airs” convoca uma perspetiva que tem recebido menos atenção. Interessa-me particularmente o agenciamento político e a agenda política da sua metodologia de trabalho.
Esta exposição revela de modo contundente como estas práticas relacionais se vão organizando e, talvez mais importante, como reagem, como são mutuamente re-activadas e ensaiadas em tempo real. O prefixo “re-” nestes verbos é importante. É uma tentativa de reconhecer as dimensões performativa e reprodutiva do ritornello, tecendo intuitivamente a música no nosso quotidiano.
For “Airs,” the artist has opened the doors—quite literally—of the exhibition space-time so that sounds, gestures and forms can emerge as assemblages for collective and practical intervention, or, more musically, for collective interpretation. “I have conceived this exhibition as if it were an album. Composed of several tracks and featuring a bonus hidden track”. Perhaps here this particularly relevant aspect of his work, Nuno being an editor, begins to make distinct sense. The exhibition is an example of how a complex structure can be synthesized to make it almost invisible, or how coherence can be maintained without sacrificing provisional ramifications or under-the-radar paths.
Selection and mixing operate by bringing together sounds and materials in a meticulously planned manner, while at the same time presenting such a vaporous, enveloping, even therapeutic consistency that anyone entering the space can feel if someone has passed close by; if the wind is blowing with more or less intensity; or how the street noise—that constant manifestation of life —varies in pitch.
Para “Airs”, o artista abriu as portas – literalmente – do espaço-tempo da exposição para que sons, gestos e formas possam emergir como assemblages para uma intervenção coletiva e prática, ou, mais musicalmente, para interpretação coletiva. “Concebi esta exposição como se fosse um álbum. Composto por várias faixas e uma faixa-bónus escondida”. Talvez aqui comece a fazer sentido um aspeto particularmente relevante da sua prática: o facto de o Nuno ser, também, editor. A exposição é um exemplo de como uma estrutura complexa pode ser sintetizada de forma a tornar-se quase invisível, ou de como a coerência pode ser mantida sem sacrificar ramificações transitórias ou caminhos mais despercebidos.
A seleção e a mistura operam através da conjugação de sons e materiais de uma forma minuciosamente planeada, ao mesmo tempo que apresentam uma consistência tão vaporosa, envolvente, até terapêutica que quem entra no espaço pode sentir se alguém passou por perto; se o vento sopra com mais ou menos intensidade; ou como o ruído da rua – essa manifestação constante da vida – varia em tom.
Filled with membranes, linings, interfaces and zones of contact between bodies, materials, and volumes, the exhibition is a longing for touch. Caresses to prepare the senses. To attune. Sensitive to the surrounding conditions—pressure, vibration, temperature, light, contact—these are the traces left by an encounter, and at the same time, what made it possible, or will make it possible. Tactile inclinations4 that brace the suspension of the vertical order and are capable of modulating different degrees of access and presence. In a context of life annihilation and the death drive, it seems particularly urgent to insist on both access and presence as vectors of resistance that allow us to connect with other forces in the difficult collective task of maintaining vitalist structures open to all that breathes.
Preenchida por membranas, revestimentos, interfaces e zonas de contacto entre corpos, materiais e volumes, a exposição traduz um desejo de contato. Carícias para preparar os sentidos. Para sintonizar. Sensíveis às condições envolventes – pressão, vibração, temperatura, luz, contacto –, estes são os traços deixados por um encontro e, ao mesmo tempo, o que o tornou ou tornará possível. Inclinações tácteis4 que abraçam a suspensão da ordem vertical e são capazes de modular diferentes graus de acesso e de presença. Num contexto de aniquilação da vida e de pulsão de morte, parece particularmente urgente insistir no acesso e na presença como vetores de resistência, que permitem que nos liguemos a outras forças na difícil tarefa coletiva de manter as estruturas vitalistas abertas a tudo o que respira.
The “Sunbirds” series consists of six emergency blankets, each serving as a canvas for a poem by different Palestinian writers from the diaspora. The gold side presents the poems in the language they were first accessed by the artist (English or French), while the silver side presents his translation to Portuguese. Emergency blankets resist and rebel. Their existence determines what is to be included or excluded. They also perform editing. They are witnesses to violence, much like those who have seen death or, conversely, have made life possible amid violence. These imprinted flags rest on the very materiality of their weight, their folds, their temperature.
“Sunbirds” are an undulation of matter and sense. “Sunbirds” are forms defined by all the movements they could make, but don’t make. In “Sunbirds” the text transcends its textuality and becomes texture. Or, to think through Fred Moten in terms of “musicality” and “poetics” as resistance to confinement—that which resists settling and keeps us in resonance, not as something that dissolves, closes, or harmonizes, but as something that points to relation.
The reedition of the poems presented here is an enactment of sonic solidarity: an ecology of back-and-forth signifiers and significances that can help compose a critical capacity to trace other ways of narrating violence, as Saidiya Hartman might argue.
A série “Sunbirds” apresenta seis de mantas de sobrevivência, cada uma servindo de tela para um poema de diferentes escritores palestinianes da diáspora. O lado dourado apresenta os poemas na língua o artista os leu pela primeira vez (inglês ou francês), enquanto o lado prateado apresenta a tradução do mesmo para português. As mantas de emergência resistem e rebelam-se. A sua existência determina o que deve ser incluído ou excluído. Também permitem editar. São testemunhas da violência, tal como aqueles que viram a morte ou, pelo contrário, tornaram a vida possível no meio da violência. Estas bandeiras inscritas assentam na materialidade do seu próprio peso, das suas dobras, da sua temperatura.
“Sunbirds” são uma ondulação de matéria e sentido. “Sunbirds” são formas definidas por todos os movimentos que poderiam fazer, mas não fazem. Em “Sunbirds” o texto transcende a sua textualidade e torna-se textura. Ou, pensando com Fred Moten em termos de “musicalidade” e “poética” como formas de resistência ao confinamento – aquilo que resiste ao assentamento e nos mantém em ressonância, não como algo que se dissolve, fecha ou harmoniza, mas antes algo que aponta para a relação. O re-edit dos poemas aqui apresentado é uma encenação de solidariedade sónica: uma ecologia de significados e significantes que vão e vêm, e que podem ajudar a compor uma capacidade crítica que permite traçar outras formas de narrar a violência, como Saidiya Hartman argumenta.
Nuno da Luz, Sunbird (for Zaina Alsous), 2024. Acrylic on survival blanket, aluminium tube, steel wall mount. 160 x 105 cm. Unique
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welcoming invasive species of
[underwater birds each song an errant language, but understanding commences in [silence
—Zaina Alsous, “bird survives the death of Nature,” (2019).
acolher espécies invasoras de aves
[sub-aquáticas: cada canção uma linguagem errante mas a compreensão inicia-se em silêncio
—Zaina Alsous, “pássaro sobrevive à morte da Natureza” (2019).
O pássaro da minha poesia cantou A sua melodia pairou em êxtase para além do telhado, o carcereiro e o cativeiro,
—Dareen Tatour, “Sou eu que sou livre” (2019).
The bird of my poetry sang Its melody hovered in ecstasy beyond the roof, the warden and captivity,
—Dareen Tatour, “I am the one who’s free,” trans. Christine Khoury Bishara (2019).
Nuno da Luz, Sunbird (for Dareen Tatour), 2024. Acrylic on survival blanket, aluminium tube, steel wall mount. 160 x 105 cm. Unique.
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Nuno da Luz, Sunbird (for Naomi Shihab Nye), 2024. Acrylic on survival blanket, aluminium tube, steel wall mount. 160 x 105 cm. Unique
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Crisscrossing in trees
high notes branch to branch
watery tumble of sound
even in summer drought
they find one another not the sky
nor another parched night
can separate or silence them
—Naomi Shihab Nye, “Morning Birds” (2011)
A ziguezaguear pelas árvores
notas agudas de ramo em ramo
um marulhar aquoso
mesmo na seca estival
encontram-se uns aos outros nem o céu nem outra noite ressequida
os conseguem separar ou silenciar
—Naomi Shihab Nye, “Pássaros Madrugadores” (2011)
O som de um drone
intromete-se violentamente
É incapaz de prosseguir e
deixar-nos em paz por alguns segundos recusa-se a ouvir música
ou o assobio dos pássaros.
—Mosab Abu Toha, “Morte antes do nascimento” (2022).
The sound of a drone
intrudes violently
It fails to move on and
leave us alone for some seconds refuses to listen to music
or the whistling of birds.
—Mosab Abu Toha, “Death before Birth (DBB),” (2022).
Nuno da Luz, Sunbird (for Mosab Abu Toha), 2024. Acrylic on survival blanket, aluminium tube, steel wall mount. 160 x 105 cm. Unique.
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Towards the end, or as a re-start: an organ. A lung-instrument. A final breath of air. The Bontempi HIT5 children’s electric organ with a specific set of keys (an octave from G to F) pressed on by a beach pebble. The notes have been taken from Terre Thaemlitz’s composition for piano “Canto V – Meditation on Wage Labour and the Death of the Album,” a sound piece which lasts 30 hours. Released in 2012, it has become an artistic statement on the climate of music as a whole. It is a live recording that pushed the limits of .mp3 formatting, partially addressing the demands that the industry places on music makers, expected to provide extra multimedia freebies in precarious material conditions that create, as the title of the song implies, a labor crisis. Here, precisely because the piano solo can keep playing endlessly, predispositions and expectations of music as a commodity fall apart, shifting the attention to the listeners’ experience in order to shape a possible other relationship with it. If “Canto V” is about challenging assumptions of what an album can be, “Airs” is an amplification of that gesture, leaving up in the air what an exhibition can do—or not do.
Para o fim, ou como um recomeço: um órgão. Um instrumento-pulmão. Um último sopro de ar. O harmónio elétrico para crianças Bontempi HIT5 com um conjunto específico de teclas (uma oitava de Sol a Fá) pressionado por um seixo de praia. As notas foram retiradas da composição para piano de Terre Thaemlitz “Canto V – Meditation on Wage Labour and the Death of the Album” (trad. Canto V – Meditação sobre o trabalho assalariado e a morte do álbum) uma peça sonora com 30 horas de duração. Lançada em 2012, tornou-se uma declaração artística sobre a atmosfera do sistema musical como um todo. Trata-se de uma gravação ao vivo que ultrapassou os limites da formatação .mp3, abordando parcialmente as exigências que a indústria coloca aos criadores de música, de quem espera que ofereçam brindes multimédia extra em condições materiais precárias que criam, como o título da canção indica, uma crise laboral.
Aqui, precisamente porque o solo de piano pode continuar a tocar indefinidamente, as predisposições e expectativas da música enquanto mercadoria desmoronam-se, deslocando a atenção para a experiência do ouvinte, a fim de moldar outra relação possível com esta. Se “Canto V” desafia os pressupostos do que um álbum pode ser, “Airs” é uma amplificação desse gesto, deixando no ar o que uma exposição pode fazer – ou não fazer.
Nuno da Luz, Meditation on Energy Expenditure and the Life of the Lyre (for Terre Thaemlitz), 2006-2024. Bontempi HIT5 electric reed organ with air pump, beach pebble, digital timer, 220v. 80 × 40 × 15 cm. 15 minutes every hour. Unique
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Nuno da Luz, Meditation on Energy Expenditure and the Life of the Lyre (for Terre Thaemlitz) (detail), 2006-2024. Bontempi HIT5 electric reed organ with air pump, beach pebble, digital timer, 220v. 80 × 40 × 15 cm. 15 minutes every hour. Unique
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Finally, all that is left is to solve that hidden bonus track that Nuno mentioned. Although perhaps solving it would betray its own effect, exhausting it. It would be better to entrust ourselves to a truly active listening, thereby continuing to pay tribute to Thaemlitz: “I don’t want to simply write about ‘active listening’ while delivering a conventionally passive listening experience. I want the audio in my projects to interfere with conventional listening to some extent, as an actualisation—or at least a metaphorical extension—of the ideas I’m talking about. Otherwise it all becomes masturbatory philosophical dallying. It would just be ‘music’ in the most banal and poetic sense”.
__Carolina Jiménez
Por fim, aquilo que ficará por desvendar será a faixa-bónus que o Nuno mencionou. Se bem que desvendá-la talvez traia o seu próprio efeito, exaurindo-a. Talvez o melhor seja entregarmo-nos a uma verdadeira escuta ativa, continuando assim a prestar homenagem a Thaemlitz: “Não quero apenas escrever sobre ‘escuta ativa’ enquanto ofereço uma experiência de escuta convencionalmente passiva. Quero que o áudio nos meus projectos interfira até certo ponto com a audição convencional, como uma atualização – ou pelo menos uma extensão metafórica – das ideias de que estou a falar. Caso contrário, tudo se transforma numa masturbação filosófica indecisa. Seria apenas ‘música’ no sentido mais banal e poético.”
__Carolina Jiménez
Nuno da Luz, Dusk Chorus, 2024. Loudspeaker, amplifier, Raspberry-Pi microcomputer, wifi. 30’00’’ at sunset. Unique.
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Nuno da Luz, Dusk Chorus, 2024. Loudspeaker, amplifier, Raspberry-Pi microcomputer, wifi. 30’00’’ at sunset. Unique.
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BIO
Nuno da Luz (Lisbon, 1984) is a sound artist and publisher whose practice undulates between ecologies of noise-making, attentive listening, and book-making (through the publishing collective ATLAS, in collaboration with Gonçalo Sena).
In 2015, he completed the Master Program of Experimentation in Arts and Politics at SciencesPo Paris, and co-founded the undisciplinary collective COYOTE – that works on intersectionality as topic and subject, bridging conceptual and experimental forms (in collaboration with Tristan Bera, Elida Høeg, Clémence Seurat and Ana Vaz). He is currently conducting a PhD-track research project at the School of Arts UCP (Porto), entitled ‘Echologies of Noise’, dedicated to nonhuman forms of sonic worldings.
Recent projects include solo shows ‘Heart of Sky Centro do Vento’ (gnration, Braga, 2021), and ‘Transverberation’ (Galeria Vera Cortês, Lisbon, 2019); group shows ‘Feral Ballads’ (Cité internationale des arts, Paris, 2024) and Biennale Ghërdeina ∞ Persones Persons (Ortisei, 2022); the monograph ‘Poetry as an echological survival’ (Lisbon/Porto: Documenta/UCPress, 2022); and an LP in collaboration with Joana Escoval ‘Beasts of Gravity’ (London: The Vinyl Factory, 2019).
He was a resident of Fondation Carasso’s IN SITU programme (Cité Internationale des Arts, Paris, 2023–24), and a recipient of the Locus Sonus Locus Vitae Creative Research Grant (ESAAIX, Aix-en-Provence, 2022).
Nuno da Luz (Lisboa, 1984) é artista sonoro e publicador cuja prática ondula entre ecologias do ruído, escuta atenta, e o fabrico de livros (através do coletivo editorial ATLAS, em colaboração com Gonçalo Sena).
Em 2015, completou o Mestrado Experimentation in Arts and Politics, em Sciences Po Paris, e co-fundou o coletivo indisciplinar COYOTE – que assume a interseccionalidade como método e tema, cruzando formas conceptuais e experimentais (em colaboração com Tristan Bera, Elida Høeg, Clémence Seurat e Ana Vaz). Atualmente, está a desenvolver um projeto de pesquisa doutoral em artes sonoras na Escola das Artes UCP Porto, intitulado “Echologies of Noise”, dedicado a formas não-humanas de criação de mundos sonoros.
Projetos mais recentes incluem as exposições individuais “Heart of Sky Centro do Vento” (gnration, Braga, 2021), e “Transverberation” (Galeria Vera Cortês, Lisbon, 2019); as exposições coletivas “Feral Ballads” (Cité Internationale des arts, Paris, 2024), e Biennale Ghërdeina ∞ Persones Persons (Ortisei, 2022); a monografia “Poetry as an echological survival (Lisboa/Porto: Documenta/UCEditora, 2022), e o disco duplo “Beasts of Gravity”, em colaboração com Joana Escoval (Londres: The Vinyl Factory, 2019).
Em 2023, foi residente do programa IN SITU na Cité internationale des arts, Paris, e em 2022, residente do laboratório Locus Sonus Locus Vitae, Aix-en-Provence.